quarta-feira, 25 de junho de 2008

Talício conheceu japoneses

Num pudia dexá de falá no dia que cunheci os japonês, purquê in tudo que é canto só se tá falano neles e nos cem anos que eles tão morano aqui no Brasil. Eu viajava pra Parecida cum uma caravana, a seca tava muito braba pur aqui, intonce fumo rezá pra Nossa Sin-óra, afinár reza e caldo de galin-a num faz mal pra ninguém, né mermo!? Aí, nós fechamo cum seu Marguelino, dono de uns ôin-bus, pra gente íi e vortá de Parecida. Ele que nun é besta cobrô adiantado, tudo bem, que ninguém de nós é calotêro mermo, e fumo... Istrada cheia de terra e puêra, depois istrada de asfalto quente, depois noite, noite, madrugada, gente roncano... até que umas certa hora da noite, ô era madrugada!, ninguém num sabe ao certo, uns homi pararo o ôin-bus que nós ía, colocaro umas tranquêra no mei da istrada, quano o ôin-bus parô eles entraro cum arma na mão, revolve e faca - faziam zuada már tavum era cármo, tudo muito carmo... Mandaro nós ficá calado e só obedecê, que ninguém se machucava. Nós matuto véi, tava tudo cum vontade de vuá in-cima deles e tomá aquelas arma, mas agente tava tudo mei tonto pela iscuridão. Mandaro o motorista segui o camin que eles íam dizeno... Entramo numas istrada isquisita, fumo com o ôin-bus véi pulano mais que sapo no brejo, e sacolejava mais que sacola na mão de bêbo. Quano olhêi e vi um campo bunito, todo plantado, parecia uma vizage de tão bunito. Até a lua resorvêu saí distráis das nuve pra vê aquela belezura de prantação... nixo o pneu do ôin-bus istorô. Foi um deus-me-acuda pra todo lado... ninguem se intendia mais, os bandido já nem sabia mais o que fazê, nem nós... nixo aconteceu que uns dos bandido descero do ôin-bus pra vê o que tava aconteceno, e mandaro todo mundo desce tumém... Aí... prestenção pessoal... se cale aí dona madame, dexa eu falá... Dum jeito que eu inté hoje num tendi direito, só sei que vierum uns quinze home da iscuridão, com facão, inxada, foice e muita corage, derumasporrada nos bandido, as arma deles num conseguiu dispará, e antes que eu consiguisse dá um ispirro, os seis bandido tava tudo dominado pelos homis baixin e de pele branca. Amarraro os bandido e fumo tudo pra cidade, pra delegacia - eram os japonês que plantaro aquele roçado formoso, e que instranharo quano virum um ôin-bus naquelas pradaria... e nos salvaro do que de pió pudia acontecê... Invês de nós íi pra Parecida, ficamo naqueles rincão uma semana, e os japonês insinô pra nós como fazê pra nossa terra produzi mais, como fazê adubo cum páia e com a madêra que a gente broca, insinô nóis como cuidá da terra sem queimá... Nem precisamo dos milagre da Santa, craro que ela deve ter lá seu pudê, mas dêxa ela usa pras ôtra pessoa, purquê o milagre que aconteceu foi a gente vortá cum saúde e coin-êcimento suficiente pra fazê de nossas terra aqui no nódeste umas terra boa pra curtivá... Brigado japonesada pelas aula que nus deu!! E - hê...

2 comentários:

Vênus disse...

Olá,Talício
Tudo bem??Nossa !que susto ,hein??

Ainda bem que a virgem estava de guarda...rs

Beijos no Rui

Amigao disse...

É talicio, aqui tem muito japa. Eles dominaram São Paulo e o mundo.
Mas é tudo gente boa.

Abração do amigão