sábado, 9 de agosto de 2008

Nossas imagens

Quando vi que passavas,
assustei-me,
vi muitos sonhos naufragados;
muitos amigos que nem eram tão amigos,
sumiram;
muitos amores eternos que duraram um verão!
Vi que não realizastes as coisas como querias,
teus futuros incertos
- como todos os futuros são -
foram tão diferentes de teus planos...
Espantei-me em ver em teus olhos tanta dor,
tantas lágrimas enxutas...
quantas rugas e marcas se criaram em ti...
só teu riso e teu olhar não mudaram:
teu riso amadureceu,
multiplicou-se em trezentos zilhões de risos diferentes,
e surgem nas ocasiões e intensidades
controladas por ti;
teu olhar também multiplicou-se
e mais que te expor,
teu olhar caça, busca, encontra detalhes,
olhares e pessoas... e às vezes ainda ri!
Vi-te e não me reconheci em ti,
o eu que eu pensava ser, não sou mais...
olhei-me no vidro do banheiro, e te vi...
corri ao vidro maior do quarto
e minha imagem era ti,
espantei-me ao perceber
que tu és a minha imagem
e que eu sou apenas o reflexo de mim.

4 comentários:

Mari disse...

Ol�amigo
Como vai?saudades!

Adorei o poema...O tempo � implac�vel,meu amigo!

Estou entrando de f�rias...(Isto � m�s,para se entrar de f�rias?) Foi o que me sobrou!
Mas,volto logo!
Grande beijo

Gabriella Santos disse...

Muito bom seu poema.
Boa reflexão diante do que acontece conosco durante o percurso da vida.
Beijos e ótimo início de semana.

Débora disse...

Oi,querido

Mas,que bela oportunidade a vida ainda te deu,não?
Vá tirar a diferença...e te reconhecerás cada vez mais nela e ela em ti!!

bjs

*saudadesss!!

Mari disse...

Fala,Rui
Tudo bem,rapá??

Essa volta ao passado às vezes assusta,nénão??

Adorei o poema!!

abraço