domingo, 31 de agosto de 2008

Talício é safado

Home, dêcha de cunversa móle, pur quê nóis sabe que tudo que é gente no mundo já aprontô das suas suas. Veja só, você. Uma noite, eu tava viúvo da Verisgoberta e fui prum forró na casa do Eládio Formoso, que de formoso num tin-a nada. Paguei cum uma nota, más o homi num tin-a o trôco cumpreto, aí anotô na nota que mim deu, "falta 7 pru Talício". Lá pras tanta, cumas pitú na cabeça, cumecei dançá e veio uma mulé morena, de seios firme e anca larga... dancemo... mas quano la cuchichô nas min-a zuréi-a que quiria gemê... a pitú perdeu o efeito de moleza e pronto... mas cumé que a gente ía fazê insculhambação, se tava na cidade... naqueles tempo num tin-a esse negóço de hotel pra transá, que chamam de motel... Mas nm cuntei cunversa, peguei minha égua, sentei a cabôca e fumo... Seu Coronel Osérrimo tin-a umas propriedade pra banda do Cruzêro, e ele arresorveu lotiar... fezas rua, marcô os lote e pôs a venda... Quando passei pelo lote, entrei na rua principal, aspispôis entrei numa das que drobae pronto... A lua lá no céu paricia uma lâmpida, olhamo prus lado e num vimo viva alma... apeamo e cumeçamo as esfregação... Tin-a um amontoado de tijôlo e falei pra morena os quarto farto: - Girocema, vamos fazê aqui mermo... Antes que eu terminasse de falá ela já tava nua! Como num tin-a nada construído, se vin-esse alguém, de longe a gente via, már num vimo! Quano a gente acabô a safadagi que nóis fazia, a gente olhou e vimunvulto si proximando... - Ai, mer Deus, é um home! Pegue seu cavalo e vamosimbóra... - Num sei se é gente ô bicho, mar vá se vestino e logo procurei meu revórve... mas onde que eu ia pegá o tár, se min-a carça tava lá longe!? Nus vistimo rápido e apeamo no cavalo, aí inscutamo: - Gi, vem cá sua égua besta! - Ai, meu Deus, "Gi, sua égua besta" é como meu irmão me chamava... - E ele é valente? e num achava meu rivólve - Ele murreu há trêis anos! Até meu cavalo se arrupiô... e pusemo sebo nas canela... No ôtro dia fui lá vê o que tin-a acunticido... achei meu revorvi (sem nem uma bala dentro), min-a cartêra de din-êro (mais vazia que consciença de neném), as calçola da Girocema e as pegada... Vi as pegada de meu cavalo, as min-a e as de Girocema... mas num tin-a nin-uma pegada de ôtra pessoa... Arre égua, mim assustei, que arrupiô até o cabelo da alma... que nem liguei proc conto que perdi na cartêra.. dispois me fez uma falta!! Dois dias dispôis vi Girocema na cidade fazeno compras, quano cheguei perto, ela fêz de conta que nem me cuin-ecia... tudo bem, ela pode falá com quem quizer, pensei. Mas aí vi que ela tava pagano as compra com a nota "falta 7 pro Talício"... Olhei pra cara da vagabunda e dixe: - Êxe din-êro é meu, e você sabe... - Mas, mas... - Tà aqui inscrito, e sumiu naquela noite da safadagi... Peguei meu din-êro e fui simbóra, pensano: Se ela tivesse cobrado, cum certeza eu teria págo máis din-êro do que ela ficô... tem cada besta nexe muno.

2 comentários:

Amigao disse...

E amigão, este Talicio hein, é safado mesmo. MAs que medo no meio da noite no bem bão ouvir o grito de um morto. Avemaria....

Abração amigão

Anônimo disse...

vixe pense em home arretado esse Talicio é por isso que ñ perdu uma dele rsrsrsrsrs bjosssssss