quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Crise!!!!

A pedidos: tudo começa quando um grupo de construtoras nprte americanas resolve construir, contudo não tem dinheiro suficiente... solução?: pedir dinheiro emprestado aos bancos. Os bancos examinam o emprendimento, veem que há grande possibilidade de que o investimento seja lucrativo, e emprestam o dinheiro. Depois de construídos os concomínios, as mansões e todas as formas de prédios financiados de imóveis - grande parte deles na zona nobre do país - surgem as companhias de seguros. Norte americano, sempre precavido contra prejuízos (nem sempre), fazem seguros contra perdas em suas edificações. As seguradoras topam na hora fechar estes contratos com apólices milionárias... contudo, nem uns nem os outros supunham que o clima da Terra ficaria tão quente quente, e que anualmente haveriam incêndios dantescos, cujos prejuízos teriam que ser cobertos pelas seguradoras - empresas sempre ligadas a bancos - muitos eram aqueles mesmos bancos que financiaram a obra. Assim, desenha-se o cenário: - os bancos emprestaram dinheiro para as construções, cujos pagamentos serão feitos em pequenas fatias por décadas; - as seguradoras, destes mesmos bancos inclusive, tiveram que desembolsar vultosas quantias para cobrir as perdas de seus assegurados, e promover para os proximos contratos valores mais elevados para as prestações; - as pessoas que compraram suas casas financiadas por estes bancos, tiveram sérios problemas para quitar suas prestaçõesm haja vista que os contratos de venda tem seus valores atualizados a cada doze meses, tornaram-se portanto inadimplentes e arriscam perderem suas casas; - outros se negam a pagar porque perderam as construções em incêndios, ou ficaram sem condições de habita-las, devido os riscos naturais se agigantarem a cada momento. Cautelosos, os bancos se negam a emprestar para construtoras e a financiar para os compradores - instala-se a crise dos bancos! Sem financiamento, diminui o emprego - pois o setor com maior mão de obra é o da construção civil. Sem emprega, não se faz gastos - instala-se a crise do emprego! Paralelamente a isso, empresas veem-se sem dinheiro para custear suas produções, uma vez que o comércio diminuiu, porque diminuiram as compras... e tentam capitalizar-se resgatando muitas de suas ações... o mercado financeiro vendo que as empresas estão precisando se capitalizar, vendem as ações dessas empresas a módicos preços. Assim, o descrédito nestas empresas acarretam poucos investimentos - instala-se a crise financeira! Procurando capitalizar-se surge outro problema: as empresas têm muitas ações vendidas, mas ações não são dinheiro, quando o investidor da bolsa percebe que a empresda em que investe está prestes à bancarrota procura resgatar o dinheiro investido em suas ações, como as empresas possuem bens e não caixa, vão aos bancos pedir que custeiem os preços de suas ações, pos bancos se negam e as empresas correm ao Estado pedindo socorro - instala-se a crise do mercado de ações! O Estado se vê numa situação difícil, pois defende a idéia de que a roda da fortuna deve girar a partir da produção, que contrata pessoas, que gastam no mercado, que compra da indústria, que contrata mais e assim sucessivamente... e se vê na perspectiva de investir nas indústrias... Contudo... Mesmo que se aumente a produção, se não houver dinheiro para se fazer compras, os bens ficarão acumulados nas fábricas... Soluções: ou se estatiza as empresas, para que sobreviva o sistema capitalista ou se olhe com mais atenção ao ser humano e assuma-se que o capital e o comércio foram feitos para o ser humano e que não podem ter vida própria.

Um comentário:

Anônimo disse...

RApaz... taí a explicação mais didática que já encontrei sobre a crise mundial de hoje, que se originou de uma bolhinha e atingiu a todos os bolsos.

Muito bom, cara! Muito bom!

Abraços o/