terça-feira, 9 de junho de 2009

Safira mexe em seu baú

Ontem estive me re-visitando, e vejam quanta coisa achei! Quantas tralhas e lembranças, quantos risos meus olhos deram ontem, quantos brilhos em meu olhar, algumas lágrimas sapecas quiseram sair, houve duas que saíram em momentos distintos, e aquela corizazinha gostosa descendo pelo nariz que já deveria estar bem vermelho. Fotos de meu velho pai, de minha doce mãe, de meus irmãos que há anos não vejo. Quantas surpresas nosso velho coração nos prega, assim como nossos velhos baús, nossos sótãos e porões! Ri das brigas idiotas e infindas que tinha com Clara , minha irmã... como éramos bobas, mas era tudo tão intenso... hoje riu disso tudo. Quantas intrigas infantis fiz na minha adolescência e juventude, motivo de risos e de suspiros saudosos do tempo pueril de minha vida. A doença de minha bisa, que a levou “tão nova”, como queixou-se meu vô: “ela só tinha 98 anos!”, mas sua alma alegre a fez partir sorrindo após uma hilariante piada. Jesus sugeriu que Pedro fosse descansar, que Ele ficaria à porta do céu naquela tarde. Quando um velhinho chegou no Céu. Jesus lhe perguntou: - Por favor, meu senhor, qual o seu nome? Para que eu ache aqui no Livro da Vida... Com voz trêmula, o velhinho disse: - Meu, filho, eu não lembro do meu nome... faz tanto tempo... - Pois me diga algo sobre você, profissão, família, para que eu procure... - Beeem, eu só me lembro que eu era carpinteiro, há muitos séculos atrás, e que meu filho ficou famoso no mundo todo... Os olhos de Nosso Senhor se encheram de água, e com voz engasgada: - Pa- papai!!! - Pi nó quio !!! E num belo riso fez sua prece: Meu Deus, não se zangue comigo pelo meu bom humor, mas pode me receber na casa eterna. E dormiu. Quantas coisas surgem de nossos baús...