terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Talício fala do amigo vendedor de água

Rapaiz, tem umas história nexa vida que vô ti cuntá.
Arabites, irmão de Andiva, era uma cara pra lá de bão... mas tin-a suas trapaiada. Ele tin-a um imprêgo certo, era funçonáro dessas impresona que tem casa in tudo que é parte do muno. Masundia, sem ninguém sabê purquê, arresolveu pidi as conta. Aí o homi recebeu um di-ê-rin inté bão, mas num dêu pra quase nada!
Dispôs de pagá umas conta, fazê uns mimo pra mulé, cumprá umas bestêra pras fíía, arresorveu invisti o resto do din-ê-ro num depósito de água minerá.
Comprô um galpão, um monte de garrafão de vinte litro, duas bicicreta carguêra, um computadô véi, num sei pra quê e otras buginganga pra pudê cumeçá a trabaiá.
Mas cadê crientela!?
Todo muno na cidadezin-a já tava de custumi de bebê água do açude... as carroça ia lá pegá os tambô de água e o povo da cidade bibia, cuzin-a-va... usavam a água do açude pra tudo, e os garrafão num vendia nada!!
Arabites se prezepô! Ficô amuado e preocupado...
Num dumingo quarqué, dispôis de um sábado que teve uma festança na cidade vizin-a, lá se vin-a todo muno vortano da festa, uns cum sapato nas mão, uns morto de bebum, uns achano graça pras fiía doutros, e naquela gazarra...
Andiva vin-a cum seu namoradin, ela uma coroona de seus quarenta e três, ele com vinte e um... todo muno falava desse ajuntamento...
- Carma pessoá, se vocêis tão cum inveja, ele tem uns ôtros irmãos que tamém tão sortêros, dizia ela pras cumade maldizente...
- O minino era coroin-a, inté mês passado, quano essa, credo-cruiz, dirvirtuô o fií alhêi... - dizia D. Floristildis.
- Num si cumóde não, Tildis, ela inda vai prová o que é bom!!! - respondia D. Gerunda Gerundina.
Lá na festa tin-a ocorrido que Tarraso e Eulâmpio tin-am se agarrado por cause de Eurídes. Impurrão, sapecão no pé do orvido, dedada nos zói, e pur fim, o punhal.
Tarraso rasgô o vento e a camisa de Euylâmpio, que empalideceu, mas rapidamente pegô duma garrafa de cerveja, e ficaro aqueles dois homi sem préstimo briugano pur uma fulana que já tava dando risada pro Floduardo...
Nessa rumação Eulâmpio rasgô o braço de Tarraso, que lhe rasgô a barriga, e quano Eulâmpio is caino, Tarrasco, no ímpeto da fúria, da raiva, da cachaça, do orgulho firido porque Eulâmpio tava bejano aquela que era só de Tarraso, inté onti (isso pensava ele), ele terminô de matar o colega de vila e de tants cantoria...
Sangue, muito sangue nas mão, no chão e no corpo de Eulâmpio que dava uns suspiro inquanto murria... e Tarrasco pos-se a corrê...
Chegaro os home da saúde, com bulância e tudo, mas num tin-a mais jeito...
A festa continuô, e Floduardo vêi conduzino a bela Eurides pra casa...
Como eu falava, naquela main-ã de dumingo, quando o povo vortava pra casa, viru dois corpo de home e um de muié mortos boiano no açude que alimentava a cidade com água limpa e boa...
Tarrasco, Floduardo e Eurides estavam mortos...
Daquele dia em diante, todo muno quiria comprá a água minerá de Arabites, que cumeçô a inricá.
Eu fui na casa dele na sumana passada, pra parabenizá pelo Natár, mas num pude perder a oportunidade de dizê:
- Cara, da proxima vêz mata uns cachorro e bota no açude, num precisava matá gente, não!!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Talício foi fazer caridade e encontrou algo estranho

Pessoá, acho que vôrtei... se o Seu Ótimos num impricá de querê sumí di nôvo!! Masônti, instava lá no barráco de Seu Tenóro, aí ele nus cunvidô pra gente íí lá num bairro que fica numa ladêra, nóis fumo. Ô bairruzin ruinzin... muita lama e shujo por todo lado. Lá deve de sê um lugá bão pra vivê, purque inté o capêta num tem corage de morá lá... Mais o que mi assutô foi que fumo pruma associação de moradores. Voceis sabe cumé, né: um bucado de gente que se junta qerendo melhorias e boas condições de vida, aí surjem os dois tipos de aproveitadores, aqueles que aproveita a associação pra se candidatá a veriadô, e aqueles priguiçoso que fica viveno de esmola e binifíço do guverno! Fumo levá umas coisa pras familia mais pobre de lá, o Tenóro faz isso todo mêis, desde que ele foi sarvo por uma família muito pobre, numas palafita no interiô do Pará - mas isso é ôtra história! Sei que a gente tava lá no salão da associação, quano chegô uma mulhé, mêi triste. Ela vêi devagarzin, pegô uma cadêra e levô lá pro canto, acendeu uma vela, colocô a vela na cadêra, se ajuelhô e fez umas prece baixin. Eu e o Tenóro ficamo calado, in respêtho à mulhé. Depois da oraçãozinha rápida dela, ela vei e se sentô com a gente, eu olhei mei de canto de olho e vi que tin-a um papé perto da vela. Sem ninguém perguntá, ela dixe que o seu filin tinha murrido naquela nothe, por isso ela chegô atrasada pra reunião. A reunião continuô mei nostalgica... mas foi tudo bem. As dispôs fiquei sabeno que este era o quarto fii dela que murria do mermo jeito... ela durmia com os minino, e de nothe rolava por cima do bebê, e ele murria sufocado!!! Poizé, meu povo, foi nesse lugar de gente sem indéia que a gente foi pará onte...

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Sem inspiração

Canto num canto qualquer
todos os contos e todas as contas do rosário,
todas as cintas do famoso cabaré,
canto as velhas melodias
em busca de novas inspirações.
Leio, releio, pinto, escrevo, penso em vão
porque não me vem nova inspiração...
Como gaivota e albatroz que aprendem a voar sem lições,
como as tartaruguinhas sabem o caminho do mar,
tão novinhas,
e pra onde devem voltar...
instintivamente componho
mesmo sem inspiração...

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Um homem de bem

Lá vinha um homem pacato, um pacato cidadão, que de pacato não tinha nada, porém como cidadão... era um exemplo... Um cara daqueles que é um bom exemplo para não ser seguido, ou melhor, para ser seguido, sim, pela Rádio Patrulha, pela Polícia Federal, pela Receita, por um míssil teleguiado, pelo vibrião da cólera e por todas as mazelas que podem assolar uma vida... mas ele era um cara tão safo,que nada lhe impedia de ser quem era. Leocádio se candidatara a vereador aos dezoito anos de idade, mas ele não queria ser eleito (e mesmo que quizesse, não conseguiria essa façanha com facilidade), ele queria mesmo era ter votos para barganhar com o prefeito. Comprou voto, vendeu a mãe, falou mal de deus e do mundo, falou bem de deus e do mundo... subia em carro de feira, andava quilômetros a pé, de casa em casa, porta a porta, beijou menino catarrento, abraçou cachaceiro fedorento, pagou lanche pra garoto gordo, comprou camisa de time de várzea... ah, e dentaduras, exames de fezes, cvarro pra levar gente pro horpital, caixão de defunto, contas intermináveis de luz pra caloteiros, botijões de gás às dezenas... mas não foi eleito: só teve dois votos! O nobre cidadão até hoje, com seus 78 anos de idade se pergunta: de quem eram aqueles dois votos?

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Safira discute sobre o Tempo

"O tempo resolve tudo", "Deixe estar que o tempo lhe mostrará", "Nada melhor que dar tempo ao Tempo"... frases como estas e tantas outras depositam no tempo o destino das vidas, como se o tempo fosse uma pessoa, um indivíduo todo poderoso que determinasse o bem e o mal e o destino de todas as criaturas.
A personificação das coisas sempre tem ajudado o ser humano a conviver com seus problemas, medos, frustrações, ansiedades, perspectivas de futuro, etc... isso não torna as pessoas mais fracas, débeis, fragilizadas ou frágeis, nem fortes, potentes... são simplesmente formas das pessoas agirem e reagirem em relação às situações boas ou más que lhes sucedem.
Isto explica, em parte, a grande ansiedade e busca pelo divino, pelo sobrenatural, desde os primórdios tempos da humanidade.
Acredito, no entando, que o tempo não seja um ser, não seja nem um objeto, senão de estudo. O tempo é uma idéia, e como tal nasceu do imaginário do ser humano, talvez para auxiliar sua coordenação e ordenação de suas tarefas, talvez para aliviar seu tédio, talvez pelo simples motivo de alguns seres humanos terem a vaidade de querer se mostrar mais sábios e poderosos que outros, por isso criou a idéia de algo a que todos se submetessem, talvez, ainda, oruqe um Deus bom e misericordioso possa ter iluminado a mente humana para que este se organizasse e tivesse noção de sua finitude, para assim crescer.
Uma das maiores diferenças entre os seres humanos e os demais seres vivos da terra é a idéia de finitude, sabemos que teremos um fim, sabemos que tudo acaba (ou supomos isso), e isso nos faz procurar deixarmos nossa marca, nosso nome... quer em nossos feitos, em nossas idéias, ou palavras, ou até simplesmente em nossos filhos e filhas, mas a idéia de fim, de nosso fim, é uma das molas que nos faz crescer como seres humanos, e como humanidade.
A simples idéia do fim-de-nossas-vidas já nos faz pensar no que existirá depois, após cerrarem-se as cortinas de nossos olhos veremos que o alco não está atrás da cortina, mas antes... e a idéia da continuidade nos faz crer em re-encarnações, ressurreições, julgamentos divinos, vida-após-a-morte, a morte como passagem, semre nos dando a esperança de sermos como os animais, que não sabem de um fim.
A idéia, também de não sabermos resolver nossos problemas e que muitos deles se acomodarão em nosso consciente nos dando o sossego e a paz pela equilibração de sua existência, mesmo que a princípio não querida, mas assimilada, ou porque outras variáveis de nossa vida mudarão as situações ruins em que nos encontramos, nos faz depositar nossas esperanças, medos e desejos no tempo, no divino, no maravilhoso, no mágico, no inexplicável, no destino, como seres inteligentes, amigos e superpotentes, que nos ajudarão em nossas dificuldades.
Não, não quero de forma alguma dizer que traçamos sozinhos nossos destinos, nem quero condenar a idéia sobre o divino ou sobre o maravilhoso, mas quero alertar que depositar nosso futuro somente às mãos do tempo, pode nos transformar em seres passivos a tal ponto, que ao término de nossa vida, quando formos nos lembrar do que vivemos, veremos a vida de muitas pessoas, atos, palavras, mentiras, heroísmos de muitos, mas não veremos nossa vida... e perceberemos que fomos meros expectadores em nossas vidas e não os seus autores.

terça-feira, 9 de junho de 2009

Safira mexe em seu baú

Ontem estive me re-visitando, e vejam quanta coisa achei! Quantas tralhas e lembranças, quantos risos meus olhos deram ontem, quantos brilhos em meu olhar, algumas lágrimas sapecas quiseram sair, houve duas que saíram em momentos distintos, e aquela corizazinha gostosa descendo pelo nariz que já deveria estar bem vermelho. Fotos de meu velho pai, de minha doce mãe, de meus irmãos que há anos não vejo. Quantas surpresas nosso velho coração nos prega, assim como nossos velhos baús, nossos sótãos e porões! Ri das brigas idiotas e infindas que tinha com Clara , minha irmã... como éramos bobas, mas era tudo tão intenso... hoje riu disso tudo. Quantas intrigas infantis fiz na minha adolescência e juventude, motivo de risos e de suspiros saudosos do tempo pueril de minha vida. A doença de minha bisa, que a levou “tão nova”, como queixou-se meu vô: “ela só tinha 98 anos!”, mas sua alma alegre a fez partir sorrindo após uma hilariante piada. Jesus sugeriu que Pedro fosse descansar, que Ele ficaria à porta do céu naquela tarde. Quando um velhinho chegou no Céu. Jesus lhe perguntou: - Por favor, meu senhor, qual o seu nome? Para que eu ache aqui no Livro da Vida... Com voz trêmula, o velhinho disse: - Meu, filho, eu não lembro do meu nome... faz tanto tempo... - Pois me diga algo sobre você, profissão, família, para que eu procure... - Beeem, eu só me lembro que eu era carpinteiro, há muitos séculos atrás, e que meu filho ficou famoso no mundo todo... Os olhos de Nosso Senhor se encheram de água, e com voz engasgada: - Pa- papai!!! - Pi nó quio !!! E num belo riso fez sua prece: Meu Deus, não se zangue comigo pelo meu bom humor, mas pode me receber na casa eterna. E dormiu. Quantas coisas surgem de nossos baús...

domingo, 7 de junho de 2009

Talício fala da mulher de cabelo ruivo

Arre égua, esse Ótimos me dexô um tempão sem falá cum vocês... já mudô tanta côsa no muno e eu aqui sem tê pra quem contá minhas aventura.
Isso me lembra o tempo que fui pra guerra... uma peleja que teve lá pras pradaria do sul, quano uns cabra quiria que o estado do Rio Grande se sórtasse do Brasil... ficamo cum medo que eles virasse argentino, e num deixemo...
Me alembro muito bem de uma galega de cabelo vermei que namorava com o capitão da min-a compania. Mulé bunita que fazia umas cumida gostosa de cumê.
Uma vez ela foi prum rio pegá água, quano uns farropilha chegaro pra ela tentano faze medo, ela num si intimidô, não... logo fez cara de boa moça e mandô que Gido, um neguinho que acompanhava ela pra todo canto, vortasse pro acampamento pedi socorro...
O neguin correu mais que fofoca em feira, aí ela falô macio pros home que num abusasse dela, não, e que num machucasse, purquê ela nunca tin-a sido de nin-um home.
Ora, isso foi o mesmo que tocá fogo nos rapaz.
O sargento logo se adiantô e dixe que alí só tin-a um home que a merecia, e mandô todo muno vortá pra trás... ela se fez de boazinha e quano o cabra arriô as carça, ela infiô um punhá que o Capitão Lorenço tin-a dado pra ela bem no meio da côxa do cabra, e quano mais ela infiava, mais ela ripitia:
- Só sô mulé de quem eu quizé, só sô mulé de quem eu quizé, só sô mulé de quem...
O cabo froxo cumeço a chorá de dô, nisso nós cheguemo, levamo o cabra preso.
Mais tarde, quano acabô a guerra ela casô com o capitão.
Como ela dizia que só seria mulé pra quem ela merma quizésse, nos tempo de paz ela alimentou um sargento, dois rectuta, um majó, um coroné e o leitêro.
O capitão morreu feliz aos 84 anos, achano que sua mulé de cabelo ruivo nunca tin-a sido dôtro homi.
Foi feliz o capitão, afinal corno não é quem é traído, mas quem sabe da traição.

sábado, 6 de junho de 2009

Gustavo, meu novo velho amigo

Gustavo é um cara muito gente fina, daqueles que fala o que pensa e foda-se quem não gostar... ri o tempo todo e de tudo. Sempre tem palavra de ânimo... sabe aquele cara que é tão legal quie chega a ser chato!!??
Pois é... sua picardia sempre o conduz a romances inusitados, e, lógico, a ser alvo das fofocas daquelas que não trepam, como diz Leila Pinheiro (quem não trepa vira polícia da xereca da vizinha)...
Gustavo não liga para sobrenomes, e sua família é mais um grupo de amigos, que um núcleo sólido cheio de preconceitos, tabus e responsabilidades... o conheço há muito tempo, mas só recentemente ele me permitiu relatar suas bravatas...
Ontem o encontrei na rua, tomando umas cervejinhas para comemorar a sexta-feira, quando Miriam, uma enfermeira recém formada que ainda sofre a "maldição de Florence" sentou-se na mesa ao lado, cumprimentei-a... ele me deu uma piscadela e foi até a jovem doutora, segurou sua cabeça com as laterais e sussurrou eu seu ouvido... se adivinhar quem é ganha um chocolate, se erras ganha dois se desistir ganha o que quizer...
- É o Leonardo de Caprio - riu...
E ele com a barba por fazer roçando-lhe a nuca:
- Acertou...
Viraram-se e começaram a rir...
Daí sentou-se...
Hoje de manhã cedo ele me liga:
- Ótimos, preciso de você...
- O que foi Gustavo?
- Meu carro enguiçou... me tira do prego!
- Onde você está?
- Na Baleia (uma praia aqui pertinho)
Nem preciso dizer quem estava com ele no carro... o pior é que o carro pifou ontem quando estavam indo, ela estava sem celular e o dele estava descarregado... só hoje conseguiu carregar e me chamar...
Por que eu? Porque a Miriam é filha de chefe político bem ranzinza, violento e que pensa que as mulheres são sub-seres-humanos, que precisam ser protegidas de tudo e contra todos.
Bem esse é o Gustavo, que me deu a honra de ser meu primeiro post após esta estiagem vocabular.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Ressurgindo do limbo

Depois de uma loooooooooooooooooooonga temporada ausente, resolvi ingressar novamente no mundo que me fazia tanto bem...
Eu prometo... que nada... nao prometo nada...
Só tô voltando!!

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Fetiche

"Les Fetiches"
Fantasio meus fantasmas que no fundo sou eu mesmo e vou ao passado perdido tão vivido em cada segundo e não sei se o que vivo é o que teria vivido, mas sei acima de tudo que a magnífica mulher que em ti existe me seduz como tu és, e minha mente vigorosa cria situações no passado (que não posso mais viver) e projeta ao meu futuro sonhos pra fantasiar coisas de Eros e de Vênus em meus fetiches mais delirantes.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Crise!!!!

A pedidos: tudo começa quando um grupo de construtoras nprte americanas resolve construir, contudo não tem dinheiro suficiente... solução?: pedir dinheiro emprestado aos bancos. Os bancos examinam o emprendimento, veem que há grande possibilidade de que o investimento seja lucrativo, e emprestam o dinheiro. Depois de construídos os concomínios, as mansões e todas as formas de prédios financiados de imóveis - grande parte deles na zona nobre do país - surgem as companhias de seguros. Norte americano, sempre precavido contra prejuízos (nem sempre), fazem seguros contra perdas em suas edificações. As seguradoras topam na hora fechar estes contratos com apólices milionárias... contudo, nem uns nem os outros supunham que o clima da Terra ficaria tão quente quente, e que anualmente haveriam incêndios dantescos, cujos prejuízos teriam que ser cobertos pelas seguradoras - empresas sempre ligadas a bancos - muitos eram aqueles mesmos bancos que financiaram a obra. Assim, desenha-se o cenário: - os bancos emprestaram dinheiro para as construções, cujos pagamentos serão feitos em pequenas fatias por décadas; - as seguradoras, destes mesmos bancos inclusive, tiveram que desembolsar vultosas quantias para cobrir as perdas de seus assegurados, e promover para os proximos contratos valores mais elevados para as prestações; - as pessoas que compraram suas casas financiadas por estes bancos, tiveram sérios problemas para quitar suas prestaçõesm haja vista que os contratos de venda tem seus valores atualizados a cada doze meses, tornaram-se portanto inadimplentes e arriscam perderem suas casas; - outros se negam a pagar porque perderam as construções em incêndios, ou ficaram sem condições de habita-las, devido os riscos naturais se agigantarem a cada momento. Cautelosos, os bancos se negam a emprestar para construtoras e a financiar para os compradores - instala-se a crise dos bancos! Sem financiamento, diminui o emprego - pois o setor com maior mão de obra é o da construção civil. Sem emprega, não se faz gastos - instala-se a crise do emprego! Paralelamente a isso, empresas veem-se sem dinheiro para custear suas produções, uma vez que o comércio diminuiu, porque diminuiram as compras... e tentam capitalizar-se resgatando muitas de suas ações... o mercado financeiro vendo que as empresas estão precisando se capitalizar, vendem as ações dessas empresas a módicos preços. Assim, o descrédito nestas empresas acarretam poucos investimentos - instala-se a crise financeira! Procurando capitalizar-se surge outro problema: as empresas têm muitas ações vendidas, mas ações não são dinheiro, quando o investidor da bolsa percebe que a empresda em que investe está prestes à bancarrota procura resgatar o dinheiro investido em suas ações, como as empresas possuem bens e não caixa, vão aos bancos pedir que custeiem os preços de suas ações, pos bancos se negam e as empresas correm ao Estado pedindo socorro - instala-se a crise do mercado de ações! O Estado se vê numa situação difícil, pois defende a idéia de que a roda da fortuna deve girar a partir da produção, que contrata pessoas, que gastam no mercado, que compra da indústria, que contrata mais e assim sucessivamente... e se vê na perspectiva de investir nas indústrias... Contudo... Mesmo que se aumente a produção, se não houver dinheiro para se fazer compras, os bens ficarão acumulados nas fábricas... Soluções: ou se estatiza as empresas, para que sobreviva o sistema capitalista ou se olhe com mais atenção ao ser humano e assuma-se que o capital e o comércio foram feitos para o ser humano e que não podem ter vida própria.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Ai, ai, ai...

- Com a união da Receita Federal com a Receita Previdenciária algumas mudanças serão necessárias na legislação tributária nacional, uma é o parcelamento de débitos previdenciários. Há 10 anos o Governo federal permitiu que os governos municipais e estadfuais parcelassem suas dívidas em 20 anos. Parcellamentos feitos, não honrados, novas dividas surgindo, o Governo federal lança mão novamente, agora com um re-parcelamento dos débitos já parcelados e incluindo-se neste os débitos ainda em aberto, com prazo de até 240 meses - como leio isso? Bem, grande parte das prefeituras são de aliados políticos do partido do Presidente e precisam de benefícios para aliviar suas "culpas" pela má gerência da coisa pública; segundo, entendo que ele precisará de todo apoio pra fazer Dilma presidente; terceiro, cumprimentar com chapéu alheio é muito bom, afinal o prejuízo é da nação, não é dele, e a prática mostra que no primeiro ano os parcelamento são honradios bem direitinho, os inadimplentes começas a falhar da 15ª parcela em diante, ou seja: seu governo irá arrecadar muito; - A guerra entre Isarel e a Palestina tenderá a estender-se por mais alguns anos, haja vista que provavelmente um direitista-extremo assumirá o cargo de primeiro ministro israelense - ô novela pra não ter fim!!! - Obama populista - era de se esperar!!! - Andrew Wakefield, pesquisador inglês, adulterou dados dos pacientes sujeitos de uma pesquisa, para provar que a vacina trípliceviral (Sarampo, Caxumba e Rubéola) poderia causar autismo - uma vez que as causas do autismo ainda não foram deteectadas pela ciência, o carinha quis projetar seu nome em cima de especulações - nem todos conseguem fraudar a comunidade científica mundial como conseguiu Einstein... - Não satisfeito com a inadimpência das prefeituras em todas as suas contas públicas: PASEP, FGTS. INSS, o GovernoFederal está abrindo para as prefeituras o direito a empréstimos junto ao BNDES para que os municípios gastem em seus projetos.. - Ai ai ai....

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Talício honra a estação das chuvas

Xegô as chuva no sertão. Os açude pegano água, a terra bebeno e enxarcano, se preparano pra gente pranta o míí e o fêjão. E se Deus quizé, e as chuva durá inté maio, ramo tê muito caju, e todo tipo de fartura.
Mas como a gente nunca fica sastisfeito, lá vem recramação:
- Talício, pra quê esse riso no rosto? Num ta veno que as chuva traz inseto?
- Vixe Maria, meu Deus, se essa chuva cuntinuá, vai arrombá os açude tudo, né não seu Talício!?
- Que droga de chuva é essa, todo ano que tein-o inverno forte, min-as galin-a pegam gôgo... arre égua, Talício, era bom se chuvesse menos...
- Veja só, seu Talício, se houver bom inverno, não iremos contratar caminhões pipas, meus discursos sobre obras pra proteção da seca serão inócuos; os orçamentos superfaturados para cavar e construir poços profundos, serão adiados... pra mim, ano de seca é melhor, assim me mostro como "salvador da pátria" e o povaréu fica todo com sentimento de dívida comigo...
- As rôpa num vai mais inxugá, vai mofá tudo, seu Talíço!
- PQP, as estradas vão ficar sem condições de passar...
- Como vou dar aulas? O caminho até as escolas no sertão estarão sem passagem, e ir pra quê, se as crianças nem vão por causa da chuva!!?
- Àh mór Deus, as gotêra na casa vão moiá tudo...
- Êta, começo de chuva vai encher o hospital de casos de diarréia e doenças de pele; no meio do tempo chuvoso, lá vem as picadas de inseto e afogamentos, e no final das chuvas muita febre, dengue e doenças respiratórias! Talício, acho que vou tirar uma licença médica, pra fugir desse período aqui no hospital!
...
Êta, povo cumpricado e insastisfeito... mas num há milhó bênção prum povo que chuva im tempo de chuva e sór im tempo de sór.

Um dia após o outro

Minha veia poética anda meio obstruída não consigo mais transcrever para signos linguísticos o que vem de minha mente de minha vida e de meus esforços para ser compreendido ou descompreendido. Levo minha vida diariamente como quem leva o andor sério, quase sisudo, feliz pela caminhada e sentindo nas costas o peso de minha fé de minhas aspirações de minhas desilusões de minhas queixas e de minha própria existência. Como menino, erro sempre, como homem, assumo meus erros, e assim a cada dia que passa viro a página do ontem para ler o que o hoje me propõe.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Ááááááhhhh

Como é bom acordar após dois meses de hibernação...
As coisas vão nos conduzindo a um caminho que muitas vezes nem sabemos como chegamos lá...
Um dia após o outro dia, um problema - uma solução, um piripato - um remédio, uma crise - um sorriso, uma mulher- duas mulheres - três mulheres - um BASTA!!!
Assim vamos nos conduzindo e sendo conduzidos nas águas do rio chamado vida, que segue seu curso, com águas calmas e claras, com águas turvas, correntezas, cachoeiras, tormentas, e novamente águas calmas - sempre após uma cachoeira temos águas calmas e tranquilas, margens verdes para aportarmos e nos fortalecer, pra continuar a viagem...
De repente, percebemos que já estamos muuuuuuiiiiito longe da partida, e todas as curvas do rio nos tira a visão de onde saimos...
Novas curvas e novas águas... tudo sobre o mesmo leito, e sobre o mesmo rio, que já não o é mais...
Uma caverna existe no fundo do rio, e nela eu dormi tranquilo, hibernei por dois meses, agora tô aqui, acordando...