Ááááááhhhhhh... que sono! Meu povo, me desculpe, mas parece que hibernei um inverno inteirinho.
Estive fora do ar por alguns dias, problemas de net. Aí aproveitei e fui viajar. Comecei aqui por perto. Fui à praia, mas o tempo tava tão chuvoso que preferi viajar ao Nordeste, dizem que lá é verão o ano todo, fui. Peguei uns poucos trocados que tinha, ousei pegar um avião, arriscando a crise do tráfego aéreo e cruzei o país de sul a norte.
Escolhi Fortaleza, na sorte, e porque o próximo vôo iria pra lá - os vôos para Recife ou Salvador só sairiam no dia seguinte e eu já estava ficando ansiosa - e os noticiários informavam que não estava havendo caos em três aeroportos no Brasil, neste final de ano, um era aqui, outro em Fortaleza e outro em Manaus.
Bolsas e malas prontas, afinal, mulher que se preze não viaja sem uma bolsa de princesa, para manter a beleza em dia, embarquei. Passados os medos e transtornos da viagem, cheguei à capital cearense.Fui a um hotel indicado pela companhia aérea, na beira mar... a viagem foi uma delícia... cinco dias na "Terra da Luz" me rejuvenesceram alguns belos anos, tudo muito lindo e fofo.
As praias são lindas, e há uma beleza que não se divulga tanto quanto as praias, são as serras. Estive no Museu do Ceará e no Centro Cultural Dragão do Mar. Neste último visitei os três museus e me encantei com o Planetário e com a Casa do Vaqueiro, vir à Fortaleza e não conhecer a Casa do Vagueiro é sair devendo algo para si mesma.
Fui às praias do Futuro, Caponga, Águas Belas e às falésias do Morro Branco, em Beberibe... tudo muito encantador. Subi às serras de Guaramiranga e Baturité, tomei excelentes vinhos no mosteiro... e fiquei sabendo que estas serras no carnaval recebem um carnaval cult, tem festival de jazz e blues durante todo o carnaval... mas não tem como se hospedar, porque começam a fechar reservas em agosto... só com muita sorte dá pra se conseguir hospedagem nessas maravilhoss pousadas neste período em 2008. Mas este festival já é antigo e tradicional, certamente não acabará logo, e vou fazer o possível para no ano que vem vir aqui.
A culinária também é deliciosa no Ceará, as lagostas não são caras, comi muito camarão, moquecas, carangueijos, carne de sol e baião de dois (excelente mistura de arroz com feijão, queijo e temperos caseiros), e provei uma lingüiça caseira fa-bu-lo-sa...
As noites no quarto do hotel é que eram muito longas. Senti falta do amor passado, como sei que era inviável, senti falta de todos os amores do passado, e senti mais falta ainda do amor futuro.
Encontrei-me um pouco neste final-início de anos e trouxe algumas coisas como lembrança além das trocentas fotos que enchi os cartões da máquina digital e do celular, umas garrafas com areias coloridas que desenham casas, uns bordados lindos feitos à mão e na minha frente por uma bordadeira no Mercado Central de Fortaleza, e cinco litros de cachaças, duas de marcas famosas locais e três garrafas de alambiques domésticos, muito mais fortes que tudo que já havia provado.
Ontem, achei de bebericar um pouco daquela "serrana" (como chamam lá) e fiquei completamente fora de mim, que se alguém tivesse me dito que me viram subindo pelas paredes laterais do prédio em que moro, teria acreditado - pois pelas paredes do quarto já estou subindo todas as noites -, sem álcool.
Um comentário:
Que lindo.Rui
E que inveja...adoro viajar,mas o faço tão pouco!
Adorei o"saudade do amor passado e do amor futuro"..Isso é tão verdade,às vezes pinta algo assim..
grande beijo,amigo
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