terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

VERDE DESCOLORIDO – ESPERANÇA MORTA


A verde esperança já não me aquece
está se descolorindo,
virando o azul e o amarelo
deixando em mim o flagelo
e a ruína
dos castelos que construí.

O azul do amor, divinal,
da sinceridade amiga
surge do verde
e fica
na contemplação platônica
enquanto te gosto como és,
com teus problemas e dores,
com teus medos e dissabores,
vejo, ou entendo, que já não estás
onde teu peito estava.

O amarelo da preguiça,
do conformismo, apatia
tenta me convencer o fracasso
do sentimento sem volta,
da solidão e tristeza,
para que eu não procure mais fantasias
mas seja duro como o cristal,
duro porém transparente,
frágil porém sólido.

Na junção do azul com o amarelo
o verde que se forma
junta a contemplação amarela
ao amor sincero azul
gerando a esperança
que quase não tenho mais,
só duas cores sem significado
que insistem em me colorir
no descolorimento do verde.

Um comentário:

Van disse...

Triste isso.
Mas sabe?
Estás equivocado.
Não desbotam as cores.
Desbotam os nossos olhos.

Se olharmos bem, de verdade,
as cores ainda estão lá.
Tão vibrantes quanto no começo.

Tire o cinza dos teus olhos e VEJA.
"Passa nuvem negra, larga o dia..."
O verde ainda está lá. Você é que não o vê.
Talvez porque teus olhos tenham se encantado por cores outras....

Beijuca