Eduardo Alves da Costa
segunda-feira, 3 de março de 2008
No caminho com Maiakoviski
...
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite,
já não se escondem;
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz, e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada...
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2 comentários:
olá Rui.As poesias de Maiakosviki nao envelheceram nao,apesar da queda do comunismo e a força revolucionaria(mudar as estruturas de casse).O proprio Mai...depois entrou em conflito com o novo sistema(nao foi por desilusão amorsa que se matou,foi por desilusão politica).Mas vale o texto para a nova estrutura mundial?vale na interpretaçao social e humana:é realidade dos excluídos ainda da forma dignida da existencia.Gosto tambem que os visitantes façam comentarios,mas..ficam livres(sinto-me um livro lido em silencio).Palavras.a diferenças regionais é substancial.Já quase apanahei por ter dito uma palavra que para mim era simples e para o outro uma ofensa(quase)ser fresco,virou quase um homicidio!!(rs..)As palavras me fascinam e me faz teme-las(escrevei algo sobre isso).Já venho deixando ideias por lá...Os politicos entao...usam as palavras para esconder,deformam a sua importanacia.Claro,a palavra nao é santa ou diabolica é apenas um meio de comunicaçoa.mas...Abraço.
Dizer eu até digo, brigo e esperneio, mas os filhas da puta continuam a vir aqui roubar minhas rosas...
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