assustei-me,
vi muitos sonhos naufragados;
muitos amigos que nem eram tão amigos,
sumiram;
muitos amores eternos que duraram um verão!
Vi que não realizastes as coisas como querias,
teus futuros incertos
- como todos os futuros são -
foram tão diferentes de teus planos...
Espantei-me em ver em teus olhos tanta dor,
tantas lágrimas enxutas...
quantas rugas e marcas se criaram em ti...
só teu riso e teu olhar não mudaram:
teu riso amadureceu,
multiplicou-se em trezentos zilhões de risos diferentes,
e surgem nas ocasiões e intensidades
controladas por ti;
teu olhar também multiplicou-se
e mais que te expor,
teu olhar caça, busca, encontra detalhes,
olhares e pessoas... e às vezes ainda ri!
Vi-te e não me reconheci em ti,
o eu que eu pensava ser, não sou mais...
olhei-me no vidro do banheiro, e te vi...
corri ao vidro maior do quarto
e minha imagem era ti,
espantei-me ao perceber
que tu és a minha imagem
e que eu sou apenas o reflexo de mim.
4 comentários:
Ol�amigo
Como vai?saudades!
Adorei o poema...O tempo � implac�vel,meu amigo!
Estou entrando de f�rias...(Isto � m�s,para se entrar de f�rias?) Foi o que me sobrou!
Mas,volto logo!
Grande beijo
Muito bom seu poema.
Boa reflexão diante do que acontece conosco durante o percurso da vida.
Beijos e ótimo início de semana.
Oi,querido
Mas,que bela oportunidade a vida ainda te deu,não?
Vá tirar a diferença...e te reconhecerás cada vez mais nela e ela em ti!!
bjs
*saudadesss!!
Fala,Rui
Tudo bem,rapá??
Essa volta ao passado às vezes assusta,nénão??
Adorei o poema!!
abraço
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