terça-feira, 1 de setembro de 2009

Safira discute sobre o Tempo

"O tempo resolve tudo", "Deixe estar que o tempo lhe mostrará", "Nada melhor que dar tempo ao Tempo"... frases como estas e tantas outras depositam no tempo o destino das vidas, como se o tempo fosse uma pessoa, um indivíduo todo poderoso que determinasse o bem e o mal e o destino de todas as criaturas.
A personificação das coisas sempre tem ajudado o ser humano a conviver com seus problemas, medos, frustrações, ansiedades, perspectivas de futuro, etc... isso não torna as pessoas mais fracas, débeis, fragilizadas ou frágeis, nem fortes, potentes... são simplesmente formas das pessoas agirem e reagirem em relação às situações boas ou más que lhes sucedem.
Isto explica, em parte, a grande ansiedade e busca pelo divino, pelo sobrenatural, desde os primórdios tempos da humanidade.
Acredito, no entando, que o tempo não seja um ser, não seja nem um objeto, senão de estudo. O tempo é uma idéia, e como tal nasceu do imaginário do ser humano, talvez para auxiliar sua coordenação e ordenação de suas tarefas, talvez para aliviar seu tédio, talvez pelo simples motivo de alguns seres humanos terem a vaidade de querer se mostrar mais sábios e poderosos que outros, por isso criou a idéia de algo a que todos se submetessem, talvez, ainda, oruqe um Deus bom e misericordioso possa ter iluminado a mente humana para que este se organizasse e tivesse noção de sua finitude, para assim crescer.
Uma das maiores diferenças entre os seres humanos e os demais seres vivos da terra é a idéia de finitude, sabemos que teremos um fim, sabemos que tudo acaba (ou supomos isso), e isso nos faz procurar deixarmos nossa marca, nosso nome... quer em nossos feitos, em nossas idéias, ou palavras, ou até simplesmente em nossos filhos e filhas, mas a idéia de fim, de nosso fim, é uma das molas que nos faz crescer como seres humanos, e como humanidade.
A simples idéia do fim-de-nossas-vidas já nos faz pensar no que existirá depois, após cerrarem-se as cortinas de nossos olhos veremos que o alco não está atrás da cortina, mas antes... e a idéia da continuidade nos faz crer em re-encarnações, ressurreições, julgamentos divinos, vida-após-a-morte, a morte como passagem, semre nos dando a esperança de sermos como os animais, que não sabem de um fim.
A idéia, também de não sabermos resolver nossos problemas e que muitos deles se acomodarão em nosso consciente nos dando o sossego e a paz pela equilibração de sua existência, mesmo que a princípio não querida, mas assimilada, ou porque outras variáveis de nossa vida mudarão as situações ruins em que nos encontramos, nos faz depositar nossas esperanças, medos e desejos no tempo, no divino, no maravilhoso, no mágico, no inexplicável, no destino, como seres inteligentes, amigos e superpotentes, que nos ajudarão em nossas dificuldades.
Não, não quero de forma alguma dizer que traçamos sozinhos nossos destinos, nem quero condenar a idéia sobre o divino ou sobre o maravilhoso, mas quero alertar que depositar nosso futuro somente às mãos do tempo, pode nos transformar em seres passivos a tal ponto, que ao término de nossa vida, quando formos nos lembrar do que vivemos, veremos a vida de muitas pessoas, atos, palavras, mentiras, heroísmos de muitos, mas não veremos nossa vida... e perceberemos que fomos meros expectadores em nossas vidas e não os seus autores.

3 comentários:

Anônimo disse...

Que bom!Vc voltou!Amei!bjo

Débora disse...

Oi,querido

Concordo com vc em tudo:
-somos dois fp rsr

-E que não devemos seguir as palavras de Zeca Pagodinho:deixar a vida nos levar!!rs

Saudades!

bjus

Dally disse...

Maas aahh se o Tempo fosse um ser!!! ... Ele seria muittssiimo stressado!! rs.. Otimo post!

beijaao !